A paisagem entre Mossoró e Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte, já se apresenta verdejante, devido às chuvas dos últimos dias. Onde antes o cenário só expunha a terra castigada pela seca, hoje já se começa a ver a rama crescendo viçosa, e os barreiros, nas pequenas propriedades, recebendo, ainda minimamente, o líquido que alimenta e dá vida. Nos céus, as nuvens carregadas dão um tom de esperança e gratidão ao homem que se levanta para a labuta, que tira o seu chapéu e agradece ao Divino pelas graças alcançadas em seus pedidos diários.
No IF/Pau dos Ferros, a
primeira recepção se dá, para aqueles que, como os professores da Serra do Mel,
deslocam-se para a Tromba do Elefante, no refeitório da entidade. É lá que a
coordenação e os professores formadores dão as boas-vindas àqueles que buscam
conhecimento e lutam para que o campo se liberte das amarras da dependência e
se constitua, nas suas comunidades, num exemplo de consistência, fé e
dedicação à agricultura familiar.
Em seguida, divididos
em salas, os professores são orientados sobre a pauta do dia e se abrem as
discussões preliminares sobre as atividades propostas.
- Passo a passo do TCC e do memorial
- Escolha dos orientadores
- Cadastro, no IF, com os Assistentes Sociais
- Apresentação dos grupos: manifestações culturais
SALA FELIPE MORAIS E
EDSON FILHO
Cada grupo apresentou o
que de melhor se oferece, como manifestação cultural, em suas localidades e que
representa a essência da cultura passada de pai para filho e que, com isso, preserva-se
a identidade cultural de cada comunidade.
Entretanto, como tudo é passível do
tempo, algumas localidades não conseguiram preservar suas raízes e hoje já não
conseguem exibir, nas datas do calendário (religioso e social), as suas
manifestações, por motivos diversos, dentre eles:
- Falta de incentivo por parte das autoridades
- Desinteresse dos mais velhos de repassarem a cultura
- O pouco interesse dos mais novos de assumirem essas tradições
Abaixo, fotos, slides e vídeos de algumas
apresentações:
Portalegre I: Dança de
São Gonçalo nas comunidades do Pêga, Arrojado e Engenho Novo
Portalegre II: Dança do
Pau (Maneiro Pau)
Amostra:
Riacho de Santana:
Serra do Mel: aluno cordelista
José de Anchieta (Vila Paraíba)
Versos apresentados:
Luiz Gomes: poeta
repentista Sebastião Bento
Amostra:
ALMOÇO
À tarde, no auditório
da instituição, coordenação e professores formadores reuniram os professores
cursistas para, novamente, esclarecer alguns pontos sobre o Memorial (técnicos)
e TCC (professores), sendo mostrados, em slides, os caminhos a serem
percorridos.
À volta, como sempre, é
revigorada pelo dia profícuo de estudos e conhecimentos. Os professores
cursistas retornam para as suas localidades mais conscientes e certos de que
ainda há esperança para o pequeno agricultor, para aqueles que lutam para
preservar suas comunidades do avanço desenfreado dos agros da vida, que não se
importam com a história e, muito menos, com o bem-estar daqueles que são
(ainda) os maiores produtores de alimentos deste país.
"TÔRIM": O saberiano mais presente das aulas...
"Tôrim" com o seu pai... |
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