domingo, 1 de fevereiro de 2015

BRUNO E MARIA: DUAS HISTÓRIAS VITORIOSAS DENTRO DO CURSINHO DA 12ª DIRED


Diante das dificuldades observadas nos alunos das escolas estaduais de Ensino Médio em frequentar um cursinho pré-vestibular, a 12ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos – DIRED, com o apoio da SEEC e do Governo do Estado do RN, resolveu implantar o cursinho preparatório para o vestibular/ENEM. Inicialmente idealizado pela Secretária de Estado da Educação e da cultura professora Betania Ramalho, o cursinho pode ser considerado como uma estratégia de ensino e aprendizagem que incentiva os alunos a permanecerem na escola e, consequentemente, melhora os índices de aprovação. E os frutos desse sonho tornado realidade já são colhidos em larga escala, numa proporção que chega, segundo as coordenadoras Goretti Silva e Elizete Amorim, aos 70% de aprovação.



DIREITO NELES!

E foi com o intuito de melhorar esse índice que Maria de Fátima Lopes da Silva, 18 anos, mossoroense, aluna de escola pública do estado pertencente à Circunscrição da 12ª DIRED – prof. Abel Freire Coelho, se matriculou no cursinho, no ano de 2014, para fazer ENEM e PSV da UERN.


Se for para passar, o melhor mesmo é com estilo: 1º lugar!

Embora não possa ser considerada uma surpresa, para ela que estudou com afinco, e fez as suas anotações de acordo com as metas definidas pelos professores em cada disciplina, o 1º lugar em Direito (cotista) e 5º lugar no geral, para o 2ª semestre 2015/UERN, o resultado premiou o esforço de, por exemplo, ir à escola todas as tardes – enquanto havia o indicativo de greve e as aulas estavam suspensas – e ficar na biblioteca revendo o material trabalhado no cursinho e adicionando, ao seu conteúdo, as anotações feitas durante as explicações dadas pelos professores.    

Sobre o cursinho:

“Parabenizo os professores do cursinho da 12ª DIRED pelo empenho, disposição e incentivo aos alunos que participaram desta edição de 2014. Particularmente, aprendi muita coisa que jamais tive oportunidade de aprender nos anos da escola básica. É claro que o ensino básico me deu o embasamento, o conhecimento de me permitir absorver esta forma dinâmica e objetiva que são as aulas do cursinho”, disse.

“Além disso, o material disponibilizado, a infraestrutura montada e a excelência de seus professores... tudo isso colaborou para que os objetivos fossem alcançados. Quero agradecer à 12ª DIRED, na pessoa de sua diretora, a professora Magali Delfino, a oportunidade que eu tive – e que foi estendida aos outros 160 alunos participantes – de poder me dedicar com afinco àquilo que eu mais queria: passar no vestibular. E quero agradecer às coordenadoras Goretti Silva e Elizete Amorim pela atenção e compromisso de nos fazer apenas nos preocuparmos em estudarmos. Foi essencial esta logística”, completou.

O vestibular:

“Fui confiante fazer as provas, sem a pressão de estar entrando em algo totalmente desconhecido. E aí outro ponto positivo na equipe do cursinho da 12ª DIRED: o repasse de confiança para todos nós. A todo o momento os professores e as coordenadoras estavam nos transmitindo confiança naquilo que queríamos e nos mostrando que o caminho mais difícil era o de vir estudar, aos sábados, no cursinho. Eles nos diziam se a parte mais difícil era estudar antes; então, a parte mais fácil seria fazer o vestibular depois, pois capacitados estávamos para isto”, explicou.

“E foi assim mesmo, sem falsa modéstia. Quando eu abri o caderno de provas, percebi que sabia o seu conteúdo e, consequentemente, estava preparada para resolver suas questões. Entretanto, erros primários acontecem e, talvez pelo excesso de confiança, cometi alguns, principalmente na transcrição do caderno para o gabarito. Credito isso à pressa e à ansiedade de já começar a vislumbrar um resultado positivo”, arrazoou. 

Coordenadoras Elizete Amorim e Goretti Silva ao lado de Maria de Fátima
 O resultado:

“Estava em casa, com o rádio ligado e ouvindo o resultado. Quando ouvi o meu nome não quis acreditar, ainda mais com a classificação que alcancei. Foi preciso, para acreditar, reconferir e, mais ainda: os amigos ligarem ou virem à minha casa para me parabenizarem”, confessou.

Os planos:

“Continuar com o objetivo de estudar cada vez mais e procurar, dentro da Faculdade de Direito, especializar-me para ser, no futuro, uma profissional capacitada e ciente do meu papel dentro da sociedade. Quero retribuir, um dia, o que fizeram por mim”, falou.



MEDICINA NA CABEÇA!

Bruno Maximiliano Filgueira de Melo, 19 anos, mossoroense, ex-aluno do Abel Freire Coelho, demorou um pouco mais para alcançar o seu objetivo dentro do cursinho. Em 2012 ele fez vestibular, mas não conseguiu êxito ao pleitear uma vaga para a Faculdade de Medicina da UERN. Viu que o caminho era espinhoso, principalmente para quem não dispunha de recursos para frequentar um cursinho particular. De origem humilde, morando com seus avôs, cuja renda familiar provinha da aposentadoria de ambos, a alternativa para conseguir realizar o seu sonho foi o de estudar cada vez mais e ingressar no cursinho que a 12ª DIRED estava disponibilizando.

Aluno aplicado, consciente de que o caminho para uma vaga passava pela sua dedicação total aos estudos, ele não mediu esforços para alcançar seus objetivos: estudava dobrado, relegando a segundo plano a sua parcela de tempo destinada ao lazer e descanso.  Porém, no primeiro ano que fez o cursinho, apenas por três questões deixou de entrar na tão sonhada faculdade.

Este segundo revés poderia diminuir o seu ímpeto, a sua vontade de concretizar um objetivo já traçado bem antes de terminar o ensino médio. Poderia, mas não foi suficiente para esmorecer um rapaz que estava empenhado em alcançar seus objetivos.

Diante do revés, ele foi obrigado a pedir à diretora da 12ª DIRED que lhe deixasse assistir, como ouvinte, às aulas do cursinho do ano de 2014. A professora Magali Delfino e as coordenadoras Goretti Silva e Elizete Amorim, sabedoras do esforço pessoal, dedicação e compromisso do rapaz, não fizeram nenhuma objeção, embora tivessem que abrir exceção, pois o cursinho é oferecido apenas para alunos do ensino médio regular, do 3º ano, dentro do ano em que as provas são realizadas. Depois, abre-se uma nova turma para o ano seguinte.

Elizete e Goretti: coordenadoras do cursinho. Bruno, o fruto
Buscar alternativas: os caminhos de Bruno.

Ainda que o foco estivesse voltado para o vestibular de Medicina, Bruno buscou, dentro de suas possibilidades, alargar suas chances concorrendo em melhores condições com os outros candidatos. Para isso, ele procurou várias alternativas: primeiro procurou fazer um ensino médio profissionalizante somente para ter acesso a um cursinho particular de graça, pois, segundo ficara sabendo, em se matriculando no ensino médio profissionalizante – e sendo destaque dentro do curso – a direção do mesmo, sabendo do seu interesse, dar-lhe-ia uma bolsa para que ele o frequentasse. Ledo engano! Até hoje, mesmo tendo ido falar com os responsáveis, está esperando uma resposta dos mesmos.

Contudo, ele não desistiu. Conseguiu falar com outro cursinho e, embora o responsável não tenha lhe dado a isenção da mensalidade, cortou-a pela metade. Mas a metade ainda era muito cara para ele. Acabou por desistir no primeiro mês.


O cursinho da 12ª dired como canal facilitador

“Embora eu tivesse consciência de que, mais cedo ou mais tarde, alcançaria os meus objetivos, a cobrança a partir de dois insucessos acaba por se tornar realidade. E comigo não foi diferente. Passei a me cobrar mais e refletir sobre os porquês desses insucessos, já que o conteúdo estava revisado, as anotações feitas, livros e cadernos ‘devorados’ sistematicamente, sem contar que a minha autoconfiança nunca deixou de me acompanhar. Pelo contrário: a cada revés sofrido aumentava ainda mais a minha vontade de reverter aquela situação”, confidenciou.

Bruno passou então a focar seus objetivos apenas em um lugar: o cursinho da 12ª DIRED. Passou a ver que os professores que ele tanto buscava lá fora, nos cursinhos particulares, eram os mesmos que ele tinha ao seu alcance dentro da instituição que frequentava. Percebeu que o material disponibilizado era de excelente qualidade, que havia segurança, alimentação, toda uma infraestrutura montada para que ele apenas tivesse o trabalho de estudar e alcançar, no seu final, a meta planejada.

“Agradeço demais à professora Magali Delfino, às coordenadoras Goretti Silva e Elizete Amorim, ao seu Jorge – que nos dava apoio e segurança, à professora Betania Ramalho que idealizou esse projeto vitorioso”, agradeceu.

E a vitória veio. Veio em forma de um 4º lugar em Medicina/UERN. Veio quando a pressão se fazia mais presente ainda; diante das dificuldades financeiras de sua família. Mais um revés significava adiar o sonho de ser um zelador de vidas e ir à procura de um trabalho para poder ajudar no orçamento familiar.

Curiosidade:

1 – Bruno e Maria são primos, moram na mesma casa, compartilham (e compartilharam) das mesmas dificuldades e juntos alcançaram seus objetivos.

O reforço didático reconhecido
2 – As notas de Bruno e Maria dariam para eles entrarem em qualquer curso promovido pela UERN.

Goretti, Maria de Fátima, Bruno e Elizete Amorim

3 – Bruno ainda prestou vestibular na UFPE. O resultado ainda não saiu.

NOTA DA 12ª DIRED:

A TCM - Canal 10 - esteve na Diretoria Regional de Educação e entrevistou sua diretora (Magali Delfino) e os alunos Maria de Fátima e Bruno Maximiliano. Abaixo, o vídeo da entrevista: 

 


O jornal Gazeta do Oeste também entrevistou os aprovados no PSV da UERN e estampou, em suas páginas, o feito desses dois dedicados alunos, que servem de exemplo para os colegas que se matricularem no ano de 2015 - pagina dois (2), caderno Mossoró:








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