Este ano, a Escola Estadual Centenário de Mossoró, inscreveu 25 alunos no concurso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte e, deste total, 07 alunos foram aprovados nos cursos de eletrotécnica, Mecânica e Informática.
Os 07 aprovados com a diretora da escola
A diretora da escola, professora Maria do Socorro Santos, falou da seriedade com que os profissionais trabalham na instituição e frisou que a escola recebeu muita ajuda do próprio Padre Sátiro que, em determinados períodos, nunca deixou faltar, nos quadros da escola, professores para completar as disciplinas da grade curricular.
"A grande diferença, hoje, está no trabalho em conjunto. Aqui, nós adaptamos os conteúdos do 9º ano, para podermos atender, também, aos conteúdos que fazem parte do contexto divulgado pelo Instituto. Assim, nós conseguimos equilibrar as ações e desenvolver metodologias que tragam benefícios para os nossos alunos”.
E completou:
"Além disso, temos orgulho em dizer que na nossa escola, os pais participam ativamente das decisões e colaboram incentivando e conhecendo a nossa realidade educacional. Desta forma, fica fácil conduzir o nosso aluno, pois temos o respaldo para as nossas ações”.
Ouvindo a conversa, os jovens alunos do 9º ano. Como todo adolescente, a conversa era franca, cheia de risos. Notava-se, em cada fisionomia, a dedicação e o empenho nos estudos.
Ana Mayara foi a primeira a falar. Contou que o apoio da família faz diferença num momento como este, onde se exige uma dedicação maior.
Ela também disse que foi de fundamental importância a ajuda que recebeu de seus professores, principalmente, os de Português e Matemática.
“A primeira sensação que tive foi a de saber-me ser capaz de enfrentar um desafio e sair vencedora. Quando vi o meu nome na 8ª classificação de Informática, eu percebi que vale a pena se dedicar aos estudos. Vi, também, que o futuro está, de fato, na educação. Não existe outra maneira de se mudar uma realidade social ou realizar um sonho, se não for através do conhecimento”.
Essa opinião foi compartilhada, de cara, por Marcos Roger, que passou, também, em Informática (10º colocado).
Ele contou que a base estava na escola que estuda. Sem ela e a dedicação de seus profissionais, incentivando-o, nada teria acontecido.
“A sensação foi de prazer. A minha colocação, diante da quantidade de concorrentes, foi muito boa. Quero enfatizar que o apoio de minha família foi muito importante, pois me permitiu ter tranquilidade para me dedicar, no período, aos estudos. Quero terminar o curso e penso, no futuro, fazer uma faculdade de veterinária e conseguir a minha independência”.
Neste momento, quem entrou na conversa foi o Thairone Paiva, que passou em Informática.
Ele falou que, a escola onde estuda, não tem medido esforços para deixá-los num nível aonde eles possam ter condições de concorrerem em pé de igualdade com outras instituições, inclusive, as particulares.
“Acho que a base de tudo está na família. Eu tenho essa base e, por isso, tenho conseguido sucesso no que faço, pois nada me falta. Mas, é preciso estudar. Aplicar-se. Merecer estar entre aqueles que são aprovados. Tenho pretensões de continuar na área e espero conseguir galgar os degraus de um futuro promissor”.
Aldenir Carlos de Morais Neto é o nome do aluno que passou em 2º lugar em Mecânica. Ele contou que se dedicou, durante 4 meses, para passar no concurso.
Assim como os demais, ele ratifica a opinião de que a escola onde estuda é a responsável pela construção do seu conhecimento, independente de ela ser pública ou não.
“Devo à escola onde estudo o fortalecimento da minha autoestima. E acho que foi primordial essa confiança no meu psicológico. Quando o telefone tocou lá em casa, eu ainda estava dormindo. Assim que recebi a notícia, fiquei atordoado. Em seguida, abracei a minha mãe e comemoramos. Depois, eu me lembrei que precisava conferir se era verdade mesmo a notícia dada por meu amigo. Era. Acho que o segredo é você se concentrar nas explicações em sala de aula e, depois, fazer a revisão em casa. Desta forma não tem erro. Quando ao meu futuro, pretendo seguir carreira na área”.
Essa foi a deixa para que o aluno Mateus Augusto participasse da conversa. Assim como os outros depoimentos, ele fez questão de enaltecer o apoio da família.
Com um jeito simples, ele contou que é importante estar cercado de uma estrutura familiar bem organizada, para que não faltem os elementos básicos para uma boa construção do saber.
“O sucesso em qualquer coisa que se faça está na estrutura que o cerca. Aqui, na escola Centenário, os professores se dedicam e repassam os conteúdos de forma que possamos aproveitá-los ao máximo. Porém, o telefonema que recebi, ainda sonolento, tirou-me o sono imediatamente. Corri para a minha mãe, acordei-a também, e contei-lhe sobre a minha aprovação no curso de Informática. Comemoramos. Quero terminar o curso e, quando for cursar uma faculdade, seguir os caminhos do Direito”.
O riso foi generoso. Depois, todos riram. O primeiro riso foi de Fernanda Vitória que, pelo nome, já é uma vencedora. Assim como a maioria, ela também passou em Informática.
O seu jeito franco de falar não denuncia o olhar inteligente que observa a tudo e a todos. Contudo, os seus gestos são de quem sabe aonde quer chegar.
“Acordei atordoada com o telefone tocando. Era o meu amigo para me dar a notícia. Na hora, como não tinha ninguém em casa comigo, eu comemorei com o meu cachorro. Coitado do bichinho! Joguei-o várias vezes para cima; pulava e ria, ao mesmo tempo. Ainda bem que ninguém viu a não ser ele. Mas, ele não fala. Agora, quando eu parei para pensar, senti uma sensação de bem-estar incrível. Divido essa aprovação com os meus professores que não pouparam esforços para me orientar e a minha família que não poupou esforços para não me deixar faltar nada. Mas, a melhor sensação que eu senti foi quando refleti sobre saber-me capaz de, através dos meus esforços, ter conseguido galgar um degrau de sucesso”.
Por fim, falou Nicholas Denner. Aliás, o Nicholas foi o responsável por todos os telefonemas dados aos colegas. Detalhe: as ligações começaram a ser feitas a partir das 06h30min da manhã.
Para isso, Nicholas acordou mais cedo. Segundo disseram os seus colegas, ele nem chegou a dormir, tamanha era a ansiedade para saber o resultado.
“Não é verdade o que eles estão dizendo. Eu dormi sim, só que acordei cedo demais e fui direto para o computador. Quando vi o meu nome, vibrei de alegria e compartilhei-a com o meu pai. Em seguida, vi os nomes dos meus colegas. Aí, eu saí ligando para todo mundo. Na verdade, eu acabei foi acordando todos eles. Mas, acho que fiz bem. Concordo com todos eles em seus depoimentos. Faz-se necessário uma boa base familiar, bons professores e uma escola que dê condições para se estudar. Eu passei em eletrotécnica e, se Deus quiser, pretendo continuar com os meus estudos”.
E mais uma foto para a posteridade...
NOTA DA 12ª DIRED:
A professora Magali Delfino – diretora da 12ª DIRED – parabeniza a escola Centenário, seus gestores, supervisores, coordenadores e professores pelo ótimo desempenho de seus alunos no concurso do IFRN.
A professora entende que a escola pública tem muito a oferecer e só precisa que os seus profissionais – como os da escola Centenário – sejam comprometidos com a sua clientela que é, na opinião da diretora, a razão da existência do profissional da educação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário