quinta-feira, 21 de junho de 2012

PROJETO CORREÇÃO DE FLUXO – 2012: 2º DIA


Hoje, dia 21/06, o Projeto Correção de Fluxo – 2012, organizado pela 12ª DIRED e ministrado pelas técnicas da SUEF, deu continuidade a sua programação, mostrando que, em relação à organização de uma escola, a instituição da hora de trabalho coletivo e das aulas duplas (planejamento / acompanhamento) são realizadas diante de metas comuns.

A técnica Lúcia Freire e a plateia
Na acolhida, a equipe, mediante sugestão, apresentou o vídeo “O GLADIADOR”, justamente para mostrar a força de vontade, o esforço sobre-humano de um general que se tornou escravo. O escravo que se tornou gladiador. O gladiador que desafiou um império.

O Gladiador
A professora Magali Delfino – diretora da 12ª DIRED – falou para os supervisores e os professores presentes, mostrando a importância de suas participações no projeto e na busca pela excelência no ensino, que se dá, justamente, através dessas formações. A professora repassou alguns informes e anunciou que, já na próxima semana, o estado estará divulgando a 2ª chamada de professores para preencher o quadro de vagas nas escolas públicas da circunscrição.

Professora Magali Delfino - diretora da 12ª DIRED
Em seguida, a 4ª atividade trouxe os questionamentos inerentes à clientela:

• O que os alunos devem aprender no Projeto Correção de Fluxo?
• Como trabalhar com os alunos que frequentam o Projeto Correção de Fluxo?
• Após conhecer o material, quais as estratégias para a utilização do mesmo?
• Que sugestões vocês apresentam para a formação continuada?

As técnicas da SUEF: Lúcia Soares, Lúcia Freire, Maria das Dores Santos e Isaura de Araújo Pereira
NOTA DA 12ª DIRED:

Objetivos:

- Corrigir a defasagem entre idade e série dos alunos. 
- Garantir a aprendizagem dos conteúdos básicos. 

Anos: 

6º ao 9º. 

Conteúdos da Gestão Escolar: 

- Aprendizagem: elaboração do currículo, flexibilização da avaliação e acompanhamento do desempenho dos alunos. 
- Relações pessoais: reorganização da rotina e do horário de trabalho de professores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais. 
- Comunidade: reunião com os pais dos alunos das turmas de aceleração para envolvê-los no projeto e na avaliação dos resultados. 
- Espaço: organização das classes de aceleração. 

Tempo: 

Um ano. 

Material necessário: 

O material didático é o mesmo das turmas regulares. O uso de outros recursos depende do planejamento. 

Desenvolvimento: 

1ª etapa: diagnóstico e divisão das turmas 

Organize um levantamento para saber o número de alunos com histórico de repetência. Para isso, use os registros e dados da escola. Se houver uma quantidade significativa de estudantes nessas condições, forme classes de aceleração agrupando os alunos com idades próximas numa mesma turma. Eles devem fazer uma prova específica, preparada pela equipe pedagógica, para conhecer as dificuldades e os conteúdos que terão de ser mais trabalhados. 

2ª etapa: Mobilização das famílias 

Chame os pais para conhecer o programa e mostre os objetivos. Cabe a eles decidir sobre a participação do filho no projeto. Durante o ano, mantenha contato com os familiares para que eles relatem o que observam em casa em relação à aprendizagem, ao comportamento e às eventuais dificuldades. 

3ª etapa: preparação da equipe 

O projeto deve ser elaborado pelo diretor em parceria com a coordenação pedagógica e os professores envolvidos, prevendo as metas a serem atingidas, o cronograma e as responsabilidades de cada um. Apresente a ideia inicial para toda a equipe docente, mostrando a importância da iniciativa para reintegrar os alunos com histórico de fracasso escolar (e abra espaço para receber sugestões e fazer ajustes). Coordenadores pedagógicos e professores são peças-chave, pois cabe a eles sugerir as adaptações curriculares e traçar as estratégias de ensino. A resistência inicial pode ser grande, já que a proposta envolve mudanças na grade, nas atribuições das aulas e também um esforço para adaptar estratégias pedagógicas. Deixe claro que a equipe gestora apoiará o processo e ofereça condições de trabalho. 

4ª etapa: adaptação do currículo 

Selecionar o que é fundamental para que os alunos aprendam é a base do projeto. Use como referência o currículo da rede e traga para consulta propostas elaboradas para a Educação de Jovens e Adultos, já que elas apresentam uma condensação de conteúdos. Acompanhe o trabalho dos professores e coordenadores pedagógicos, garantindo a presença no programa dos conteúdos básicos de cada disciplina para que os estudantes possam, depois, acompanhar as classes regulares após a correção de fluxo. Os encontros de planejamento e formação continuada são os mais adequados para moldar o currículo. Por isso, garanta a regularidade desses momentos e esteja presente para ajudar a pensar em estratégias. 

5ª etapa: acompanhamento 

Para acompanhar a frequência e o desempenho dos estudantes das classes de aceleração, peça que os professores elaborem relatórios individuais, com informações sobre o progresso de cada aluno. Esses documentos são úteis nas reuniões de trabalho coletivo e servem de base para promover a readequação da prática em sala de aula. Os coordenadores pedagógicos, além de auxiliarem na adaptação do currículo, devem trazer referências e orientar a equipe docente, pois são os responsáveis por observar o andamento das atividades em sala de aula. O diretor coordena todo o processo e divide com o orientador educacional o contato com as famílias e as mudanças de estratégias para incluir e ajudar o estudante. 

6ª etapa: flexibilização da avaliação 

A avaliação dos alunos das classes de aceleração deve ser a mais ampla possível. A sugestão é sustentá-la em três pontos: numa prova específica elaborada com base nos conteúdos trabalhados em sala de aula; em outra prova de caráter mais geral, que deve ser feita também pelos que estudam nas classes regulares, abordando os conteúdos básicos (ela serve para apontar se os alunos acelerados podem ser reintegrados às turmas originais); e, finalmente, no acompanhamento de atitudes importantes para o desenvolvimento do perfil de estudante. O projeto A Hora É Essa, em Samambaia, criou a Nota Positiva, responsável por 20% do conceito geral do aluno, em que são avaliados o cuidado com os materiais, a participação nas aulas, a presença e outros comportamentos. 

Avaliação: 

A medida do sucesso do projeto de aceleração é a aprendizagem dos alunos. A diminuição da evasão e a frequência são índices importantes e devem ser monitorados pelos gestores. A participação em avaliações externas, como a Prova Brasil, também serve para indicar se houve avanço. 




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