OLIMPÍADAS DE PORTUGUÊS: RELATO DE UMA PROFESSORA*

A Olimpíada de Português “Escrevendo o Futuro” é uma iniciativa do Ministério da Educação e Cultura – MEC e da Fundação ITAU Social – FIS, com a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – CENPEC, que realiza ações de formação de professores e promove um concurso bienal de produção de textos para alunos de escolas públicas de todo o país. Vemos aí, a união do poder público, da iniciativa privada e da sociedade civil visando um objetivo em comum: proporcionar ensino de qualidade para todos. 

A Olimpíada de Português já está na sua terceira edição e tem como objetivo primordial contribuir para a melhoria da escrita dos alunos em todo o território nacional. É dividida em várias fases. Começa com uma seleção municipal, onde o finalista passa para a seleção estadual e, em seguida, ele vai para a seleção regional e, finalmente, chega a seleção nacional, onde será escolhido um vencedor. 

O processo como um todo, ocorre da seguinte forma: o secretário municipal e o secretário estadual de educação fazem a adesão online para a validação das inscrições dos professores. Em seguida, os professores, com a autorização dos diretores, fazem a inscrição online das escolas onde lecionam. Começa então, a preparação dos alunos, através de aulas e oficinas realizadas pelos professores com os seus alunos. 

Este ano, o MEC disponibilizou e enviou para todas as escolas públicas a Coleção da Olimpíada, material de apoio – também disponível online, com orientações didáticas em quatro gêneros textuais: poema, memórias literárias, crônicas e artigo de opinião. No nosso caso, para o 2º e 3º anos do ensino médio o gênero textual foi artigo de opinião. 

Trabalhamos o material com os alunos dos 2º e 3º anos da Escola Estadual Professora Aída Ramalho Cortez Pereira, obtendo excelente resultados. O material disponibilizado é de ótima qualidade, contendo oficinas de escrita, atividades lúdicas, etc., o que tornou as aulas altamente interativas e quebrou o paradigma tradicionalista behaviorista de ensino, tornando as aulas sócio-interacionais, facilitando o processo da participação do aluno na construção do seu próprio conhecimento. 

Obtivemos vários textos excelentes; no entanto, só um poderia ser escolhido. O texto do aluno Diego Sousa, do 2º ano “E”, foi escolhido na escola. O referido texto passou pela fase municipal, estadual, e agora está na final da fase regional, a qual, se passar, irá para a fase nacional, a grande final. 

Já nos sentimos vencedores, pois, apenas esse texto foi selecionado. Isso prova que Mossoró tem talentos, que apenas precisam ser descobertos, e que nossos alunos, independente de serem de escolas públicas ou privadas, são seres pensantes, capazes e inteligentes, que podem transformar, para melhor, a sociedade que temos, na sociedade que queremos. 

*Sara Paula de Lima Morais Silva é formada em Letras pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN – e professora da Rede Estadual de Educação, na Escola Estadual Professora Aída Ramalho Cortez Pereira.

A professora Sara Paula (terceira da esquerda para a direita) ao lado dos seus alunos na II Feira Estadual  de Ciências para Todos no Semiárido Potiguar - Expocenter - 18 e 19/10/2012