A escola pública passa por uma transformação, por sinal, positiva, para poder acompanhar a sua clientela, denominada de geração do século XXI. Ela hoje já está equipada com ferramentas que auxiliam na arte de ensinar e está inserida na tecnologia da virtualidade, independente de onde ela se localize, seja na cidade grande ou no menor município que o estado possa ter. Com professores capacitados em formações periódicas, inclusive, no manuseio dessas tecnologias de ponta, a escola pública caminha, paralelamente, para formar, da melhor maneira possível, os seus futuros cidadãos. Entretanto, esse avanço é fruto da força de vontade e criatividade, também, de seus gestores. Sem uma gestão forte, organizada administrativamente e, principalmente, não tendo em seus quadros professores motivados e conscientes do seu papel pedagógico, ela nada pode fazer, independente de estar equipada com as principais ferramentas que possam auxiliar no conhecimento didático. Porém, isso não é o que acontece na Escola Estadual Padre José de Anchieta, localizada na Vila Rio Grande do Norte, no município de Serra do Mel/RN. Pertencente à circunscrição da 12ª DIRED, tendo como gestor o professor Roberto de Araújo, a escola é referência quando se trata de bem administrar o seu maior patrimônio: o aluno. Imbuídos, todos os seus atores, do desejo de bem repassar o conhecimento e, através deste, aprender a melhorar cada dia mais, a escola desenvolve um trabalho que agrega a ciência do ensino (pedagogia) com a arte de ensinar (didática) e as transforma em metas que são alcançadas pelos seus clientes, culminando com o sucesso da aprovação, da turma do Ensino Médio, nos vestibulares da UERN (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) e UFERSA (Universidade Federal Rural do Semiárido), no ano de 2013 (Editorial).
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| EEPJA |
Este ano a Escola Estadual Padre José de Anchieta aprovou, nos vestibulares de Mossoró, 19 alunos, dentre estes, 14 alunos fizeram parte, como reforço educacional, do cursinho da 12ª DIRED – uma proposta piloto idealizada pela Secretária de Estado da Educação e da Cultura, professora Betania Leite Ramalho, e posta em prática pela equipe da professora Magali Delfino (diretora) que não poupou esforços para tornar um sucesso, o que já nasceu com gosto de vitória.
| O s alunos Eronildes e Leandro com o professor Roberto de Araújo - gestor da EEPJA |
O blog esteve na escola e entrevistou dois de seus alunos e conversou com o seu diretor, que falou da estrutura que a escola possui, a começar pelo quadro de docentes, o quadro gestor com supervisor e coordenador pedagógico, funcionários, pessoal de apoio e da boa infraestrutura na parte física e tecnológica.
As entrevistas:
| Leandro Rodrigues da Silva |
Leandro Rodrigues da Silva, 18 anos, mora na Vila Guanabara e percorre, todos os dias, 20 quilômetros para poder chegar à Vila Rio Grande do Norte e assistir aula na Escola Estadual Padre José de Anchieta. Agora, ele irá percorrer um pouco mais, cerca de 50 quilômetros, todos os dias, para chegar à UERN e ocupar uma cadeira na sala de calouros da Faculdade de Ciências da Computação.
Perguntado sobre o que ele podia falar sobre a sua escola, ele disse:
“Primeiramente, que é uma escola que tem em seus quadros professores capacitados, com uma boa infraestrutura e uma gestão participativa e que costuma aceitar as reivindicações feitas por seus alunos”.
Com relação a sua participação no cursinho da 12ª DIRED, ele disse que serviu para tirar as principais dúvidas e aprofundar melhor o seu conhecimento:
“O cursinho foi muito importante, pois serviu de termômetro para o que eu já havia considerado como aprendido. O cursinho mostrou, de forma dinâmica, as disciplinas curriculares, além de fornecer um excelente material de estudo. E os professores foram criativos e elevaram a nossa autoestima sempre”.
No tocante ao transporte da Serra para a DIRED, o aluno foi enfático ao falar sobre o assunto:
“É verdade que tivemos muitas dificuldades, principalmente, com relação ao transporte para nos levar ao cursinho da 12ª DIRED. Sábado sim, outros não, a prefeitura liberava o ônibus para nos levar. Muitos de nós tivemos que pagar, do próprio bolso, o alternativo para poder chegar ao cursinho. Outros que não dispunham de dinheiro ficavam em casa. Entretanto, isso nos serviu de incentivo para estudar cada vez mais e mostrar que é diante da adversidade que encontramos soluções de crescimento”.
| Eronildes Zacarias da Costa |
Ele começou falando sobre a sua família e a importância que esta tem na sua vida: “Meus pais são colonos, trabalham duro no campo, mas nunca deixaram de me incentivar a frequentar a escola. Acredito que ter o apoio e o incentivo da família é um dos pontos que levam o jovem a conseguir os seus objetivos. Embora na minha família apenas duas pessoas sejam formadas, a partir de agora nós iremos começar a mudar essa estatística e, com o tempo, ajudar aqueles que vêm depois de nós a conseguirem esse intento”.
Ao falar da escola, o aluno desejou escapar o orgulho que sente de ter pertencido aos seus quadros, pois em nenhum momento descreveu a escola como sendo apenas uma das alternativas para alcançar suas metas, mas a principal ponte que o estava levando a esses objetivos: “Aqui eu tive as condições necessárias para poder aprender. Ao lado de meus colegas, acredito, todos motivados como eu, nós recebemos uma ótima educação profissional e dispusemos de uma boa estrutura física e tecnológica e, o principal, uma boa interação aluno/diretoria. E não estou dizendo da boca para fora. Dos 36 alunos da sala, 22 fizeram vestibular e, destes, 12 foram aprovados. Ou seja, cerca de 55% dos alunos que fizeram o vestibular passaram”.
Com relação ao cursinho, o futuro geógrafo disse que, de fato, contribuiu para ampliar os seus conhecimentos: “O cursinho da 12ª DIRED despertou em mim um interesse maior pelos estudos, pois fomos muito incentivados a nos dedicarmos um pouco mais nas leituras diárias e nas resoluções dos questionamentos propostos. Isso aliado a um excelente material em forma de apostilas e aulas dinâmicas e criativas, só acrescentou aos meus conhecimentos”.
Da mesma forma que o colega Leandro, Eronildes também falou com um pouco de mágoa do transporte que fora disponibilizado para levá-los ao cursinho: “Era uma loteria. Nunca sabíamos se o ônibus seria disponibilizado para nos trazer para o cursinho. E ainda tinha o fato de termos que nos levantar de madrugada, pois a primeira aula do cursinho começava às 7h10min. E, apesar do sacrifício, muitas vezes ele não aparecia. Quando tínhamos dinheiro, alugávamos um alternativo, quando não tínhamos, voltávamos para casa”.
| Professor Roberto de Araújo - EEPJA |
No link abaixo, a entrevista do gestor:
http://youtu.be/6uHTGS97RfQ
NOTA DA 12ª DIRED:
| O gestor alegre com o desempenho de seus alunos |
| Erinaldo Rocha Freire |
Acima, uma foto e, abaixo, o histórico do aluno.
| Histórico do aluno da EJA |
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| (Clique na imagem para ampliá-la) |
(*) São os alunos que concluíram em anos anteriores e foram estudantes da nossa escola. (-) Os Alunos que participaram dos aulões do cursinho pré-vestibular da 12ª DIRED.


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