A juíza Josselene Marques fazendo a formulação dos quesitos |
Na tarde de ontem (18/06/2013),
sob a coordenação da professora Josselene Marques, realizamos a primeira
audiência de julgamento do Tribunal do Júri Simulado do CEJA Professor Alfredo
Simonetti, neste primeiro semestre do ano de 2013. Além de discutirmos um tema
atual, também objetivamos desenvolver e avaliar três das cinco competências
exigidas na argumentação: dominar a norma padrão da língua portuguesa;
relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos
disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente e
recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas
de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e
considerando a diversidade sociocultural.
A promotora Ana Maria Lima mostrando "as falhas" no texto do Estatuto do Nascituro |
Em plenário, julgamos o Estatuto
do Nascituro (nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido). O
referido estatuto prevê uma importante mudança constitucional, defendida por
uns e rejeitada por outros. De acordo com notícias recentes, publicadas nos
mais conceituados meios de comunicação, para uma boa parte da população
brasileira, a aprovação desse estatuto será um retrocesso enorme na legislação
do país, já que o direito ao aborto, em caso de estupro, é previsto em lei
desde 1940. Entendemos que a decisão de levar adiante uma gravidez, consequente
desse crime hediondo contra a dignidade sexual da mulher, requer um esforço
fenomenal para conseguir dissociar a criança do agressor. Por este motivo, após
a agressão, a mulher precisa contar com sistemas de apoio, que a amparem de
forma integral, pois os mesmos influenciarão na redução da intensidade dos
danos causados a essas vítimas. Por outro lado, concordamos que o nascituro –
fruto dessa agressão – não deveria ser penalizado, já que não tem culpa.
A advogada de defesa Kênia Pereira em ação |
Sem dúvida, é um tema por demais
polêmico porque envolve a vida, a liberdade e os direitos dos seres humanos
nascidos e nascituros.
As alunas do Bloco A1, do Ensino Médio, seguindo os princípios norteadores do Tribunal do Júri (em nosso júri simulado), após um caloroso debate entre acusação e defesa, por maioria de votos, decidiu rejeitar o Estatuto do Nascituro em alguns de seus pontos: em especial, no que se refere ao tratamento a ser dado à mulher vítima de estupro. Nosso Conselho de Sentença sugeriu que o Estatuto do Nascituro seja revisto ou até mesmo substituído por outro em que vítima e nascituro sejam igualmente valorizados, considerados e respeitados – há de se chegar a um consenso!
As alunas do Bloco A1, do Ensino Médio, seguindo os princípios norteadores do Tribunal do Júri (em nosso júri simulado), após um caloroso debate entre acusação e defesa, por maioria de votos, decidiu rejeitar o Estatuto do Nascituro em alguns de seus pontos: em especial, no que se refere ao tratamento a ser dado à mulher vítima de estupro. Nosso Conselho de Sentença sugeriu que o Estatuto do Nascituro seja revisto ou até mesmo substituído por outro em que vítima e nascituro sejam igualmente valorizados, considerados e respeitados – há de se chegar a um consenso!
Parabenizamos e agradecemos a
todos que colaboraram no rito ou fazendo parte da plateia educada e atenta.
A plateia educada e atenta colaborou mantendo a ordem, principalmente, durante o caloroso debate entre acusação e defesa. |
NOTA DA 12ª DIRED:
- Texto e fotos enviados pela professora do CEJA Professor Alfredo Simonetti - Josselene Marques - assídua colaboradora do blog da 12ª DIRED, sempre com matérias interessantes e temas pertinentes, que ajudam na reflexão e que são de interesse da população.
- O texto é narrado pela própria professora, na primeira pessoa do plural, e tem como finalidade a observância de uma reflexão trazida através de um enfoque didático-pedagógico.
- Texto e fotos enviados pela professora do CEJA Professor Alfredo Simonetti - Josselene Marques - assídua colaboradora do blog da 12ª DIRED, sempre com matérias interessantes e temas pertinentes, que ajudam na reflexão e que são de interesse da população.
- O texto é narrado pela própria professora, na primeira pessoa do plural, e tem como finalidade a observância de uma reflexão trazida através de um enfoque didático-pedagógico.
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